04
jun
12

Nightcall | Kavinsky feat. Lovefoxxx | Créditos de Abertura Drive

Dirigido por  Nicolas Winding Refn

Depois que assisti esse filme a paixonite aguda ficou alguns dias ecoando em mim. O filme já me ganhou completamente nos primeiros 10 minutos, com uma sequência maestralmente tensa e essa abertura solitária, com essa música de cocktail bar decadente, nesse clima noir 80’s kitsch que percorre o filme inteiro. O tom do filme contrapõe um romantismo idílico, epifânico com uma escuridão bruta. O diretor conseguiu escolher e manter esse clima na trilha, no ritmo, nas cenas e no personagem (the Driver – o que é essa atuação gloriosa de Ryan Gosling?!) o tempo todo.  É violento, deprimente, ingênuo e bonito! Gente, é bom demais!

Mas não vou falar do filme, vou falar da abertura. Ela é o condensado do que é o filme e tem esses créditos com essa rhyca tipografia rosa choque! É um choque no coração passar quase 10 minutos em uma cena suuuper tensa e silenciosa e culminar nessa intensidade musical, uma prévia desse clima meio fetichista e perverso do filme. Um super-herói real fadado a seguir lindo, louro e solitário pelas noites escuras de L.A.. Isso é vida? É destino? Isso é morte? Isso é Drive!

“I’m giving you a nightcall to tell you how I feel
I want to drive you through the night down the hills
I’m gonna tell you something don’t want to hear
I’m gonna show you where it’s dark but have no fear”

02
jan
12

Tonight, Tonight | Smashing Pumpkings

Dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris

Fico guardando esse clipe pra uma ocasião especial, porque ele é muito precioso! Acho que o primeiro dia de um ano em que o mundo supostamente vai acabar é importante o suficiente pra lançar mão desse presentinho.

Acima de qualquer crítica, esse clipe ganha o coração de qualquer um! Assim como há 110 anos atrás, um mágico chamado George Méliès ganhou o coração do mundo com uma das maiores, senão a maior, contribuição para a história do cinema com seu “Viagem à lua”. Uma homenagem à altura, esse clipe é uma celebração muito bem resolvida à história do cinema e, consequentemente, do audiovisual.

Em 2012, Believe!

28
set
11

Ratatat | Mirando | Prada Spring/Summer 2011

Dirigido por Steven Meisel

Não dá pra saber se a música foi feita pro vídeo ou se o vídeo foi feito pra música. Quer dizer, eu sei que a música foi feita antes mas o cara da edição totalmente arrasou!
As músicas do Ratatat são bem gráficas e energéticas, ficam ótimas pra peças publicitárias, tipo websites e comerciais com essa cara cool. Eu sou louca por esse vídeo porque ele é complexamente simples. Obviamente a coleção é rhyca e phyna então não precisava muito mais mesmo, aí adiciona-se a música colorida do Ratatat (que ironicamente ainda se chama Mirando) e umas modeletes com cara de hipsters dançando descontraidamente glamourosas ao som iluminado do verão. Acabou! É Prada né minha gente, esse povo não brinca em serviço não!

20
set
11

Estranged | Guns n’ Roses

Dirigido por: Andy Morahan

Guns n’ Roses foi a primeira banda de Rock que eu conheci de verdade e virei fã. Eles já tinham acabado e eu estava ainda na minha fase axé pagode micareta, auge do SPC e Negritude Júnior, Chicletão e Asa, lá pelos meus 14 anos de idade. Não nego meu passado negro! Mas aí eu tinha uma prima que tinha uma banda de rock e ela me aplicou no Guns. (Marica, você não sabe mas foi um grande divisor de águas na minha vida!) Quando eu fui pra Disney eu comprei uma fita com o making of desse clipe e durante tempos esse foi um dos meus bens mais preciosos e inspiradores. Até hoje tenho borboletas no estômago e sorrisos aleatórios durantes os inteiros 9, quase 10, minutos de duração dessa mini-saga-auto-biográfica sobre o mundo de fama, beleza, decadência e solidão de uma grande estrela!

Mas deixando a memória afetiva de lado e analisando mais friamente, esse é um exemplo primoroso de um senhor videoclipe da década de 90. O último da trilogia, depois de Don`t Cry e November Rain, é o mais powerfull deles! Vamos citar algumas características que o fazem arrebatar nossos corações:

1– Menções diretas à conturbada vida pessoal do nosso lindo e querido pop star líder da banda. Com direito ao seu fofo e louro filho e sua mansão em Bervely Hills.
2– Imagens do show da banda mega ultra lotado com direito a backstage. Que, convenhamos, devia ser um senhor show porque esse homem no palco é uma coisa de doido!
3– Efeitos especiais de última tecnologia.
4– Lindas modelos com suas super fashion 90’s makeups.
5– Mais um solo de Slash, que depois de ter tocado ressurgido das cinzas do fogo em Don’t Cry e  no deserto aos 4 ventos em November Rain, retorna em uma peripécia maior até do que Nosso Senhor Jesus Cristo, ele não somente anda sobre as águas, ele TOCA sobre as águas.
6– Muitos e muitos closes do nosso louro e lindo.
7– A música gente, essa música arrasa!
8– Golfinhos.

A minha favorita é a cena em que ele sai da casa de branquinho com um DEEP na camiseta, segurando uma taça de champagne, acompanhado por seu imenso guarda costas e entra na sua também branca e imensa limousine. É tudo de maravilhoso e glamouroso que o Rock farofa pode proporcionar. Axl, como eu te amei!

Dá aquela tristezinha melancólica porque a gente fica ali vendo o Axl se afundando na sua rebeldia auto-destrutiva digna de um grande astro do Rock. É a história dele e da banda. Porque ele era a banda né, o Slash que me perdoe, mas era. Carisma é uma coisa rara e para poucos!

Im really sorry guys, I NEVER WANTED IT DO DIE! Vocês ainda brilham no palco do meu coração.

12
set
11

Lost Cause | Beck

Dirigido por: Garth Jennings (Hammer and Tong)

É muito zen contemplar essa engenhoca romântica com cara de Beck flutuando nesse azul! Casou tão bem com a música que merece fogos de artifício nas suas bodas de diamante.

Eu queria pesquisar mais sobre o making of, falar mais sobre o cara da direção (que aliás já constou aqui no Pumping on Your Stereo) mas me deu uma preguiiiiça porque é tãããão lindo esse boneco flutuante caindo, caindo, caindo… que eu não quero mais saber de nada.

03
mar
11

A Single Man | Trailer

Dirigido por: Tom Ford

Eu sempre vejo tanta coisa  inspirante envolvendo música e vídeo juntos que não são “oficialmente” videoclipes, que decidi que seria bem mais TCHAN se eu postasse no blog qualquer coisa boa que tenha um forte apelo audiovisual. Comecei pensando nas cenas de filmes e agora vou liberar geral pra qualquer área mesmo. Propaganda, vídeo autoral, vídeo-arte, experimental, trailer, filme… Tudo que fizer parte do Estranho Planeta dos Seres Áudio-Vídeo-Musicais. A regra é ter música e imagem em movimento e o objetivo é o puro deleite!

Pra mim os trailers são sempre um bônus de alegria. E existem alguns que valem por sí só, como é o caso desse que é, no mínimo, 30 vezes melhor que o próprio filme. A Single Man é bem fraco em termos de roteiro, mas é totalmente impecável na fotografia. Acho que isso explica o fato do trailer ser melhor que o filme, não tem diálogo nem uma história conexa e linear, são flashes de cenas milimetricamente construídas esteticamente, muito bem editadas em uma música com uma carga super dramática. A subjetividade sempre vence.  De repente o Tom Ford deveria pensar em seguir uma carreira como diretor videoclíptico, vejo bem mais futuro!

Não consegui decidir qual dos dois trailers eu gostei mais. O segundo foi o que eu vi no cinema e o primeiro eu achei na net  e seria o meu eleito (achei a edição mais trabalhada e coordenada com a música) se tivesse o “breakdown” que o outro tem no final:  a música pára, silêncio… DRAMA novamente! Esse recurso sempre me ganha!

28
dez
10

Maniac | Michael Sembello | Flashdance

Dirigido por: Adrian Lyne

Flashdance é um dos piores filmes que eu já vi. O galã do filme é um dos caras mais feios que já passou por Hollywood, a protagonista é totalmente piriguete, sem dó nem piedade, e a história… bom… não pode-se dizer que existe exatamente uma história, está mais para trechos desconexos de coisas que fazem um filme vender como cenas picantes de amor, mulher gostosa atrevida e um ap/studio/galpão abandonado novaiorquino (nem sei se é em Nova Iorque, mas o ap é novaiorquino) sujão e suuuper descolado! Mas é um filme da década de 80, então pode. Pode e deve!

Vale a pena pela dança, pela energia e pela vontade louca de sair por aí arrasando na pista, debaixo do chuveiro ou no balcão do buteco mais próximo. É  tipo Embalos de Sábado a Noite, que é outra bela porcaria mas tem gente que dança. Eu adoro gente que dança! Porque gente que dança é gente que faz! Faz a vida ser livre e purpurinada!

She’ a maniac, maniac on the floor. And she dances like she never danced before!

28
out
10

Ghost of Stephen Foster | Squirrel Nut Zippers

Dirigido por: Raymond Persi e Matthew Nastuk.

Especialíssimo de Halloween!

Não sou fã de animação, mas para algumas poucas eu tenho que tirar o chapéu. Essa aí por exemplo não teria nada demais se fosse só um desenho, seria só uma coisa assim meio betty boop, mas feita para a música, ela ficou perfeita! Tudo altamente coordenado, não tem um detalhe da música, na letra e no ritmo, que escape aos olhos. Ponto para o fato de que o casal nunca perde o gingado da dança, ficam chacoalhando no swing sem parar.  Mil pontos para o inicinho do clipe, que já é um show a parte ao som do violino macabro.

A banda já é uma coisa a se admirar com esses jazz/cigano/swing/anos30/contemporâneo (ponto pra mim!). E o clipe é uma daquelas surpresas gratuitas que a vida e a arte juntas conseguem proporcionar. Os diretores são dois caras que fazem alguns episódios dos Simpsons. Muito, muito bom mesmo!

21
out
10

Heart Shaped Box | Nirvana

Dirigido por: Anton Corbijn

Então, esse clipe é a cara do blog (literalmente, como vocês podem perceber aí no topo). Um grande clássico!  O diretor é holandês e faz parte do G4 matador dos videoclipes (junto com o Gondry, o Jonze e o Cunningham). Dirigiu zilhões de outros vídeos e mais alguns filmes e fotografou muitas capas de discos de bandas como U2, Depeche Mode, Johnny Cash, Metallica e tals.

Eu não acho ele muito brilhante não, meio deutsch demais (seja lá o que isso quer dizer), meio piegas, meio clichê. Ex: chapéu de papai noel do velhinho, corvo fake cantando “hey”  e a caixa em formato de coração (heart shapped box) que eles tocam no final. Mas quem sou eu, humilde mortal, para palpitar alguma coisa… meu negócio é mesmo apreciar. Fato é que o vídeo ganhou dois prêmios no MTV music-awards: melhor vídeo alternativo e melhor direção de arte. Ok, eu sei, alguns dirão que isso não vale porcaria nenhuma. Mas fato é fato e Nirvana é Nirvana, então eis-lo (existe isso?) aqui.

15
out
10

let forever be | chemical brothers

Dirigido por Michel Gondry

Ok. Eu sei que estou meio sem criatividade pra escolher diretores. Mas é que eu realmente babo  ovo desse cara e estou aproveitando pra falar da lista que o Pitchfork publicou com os 50 melhores videoclipes da década de 90. Ok. Eu também  sei que estou completamente atrasada porque a lista saiu em agosto. Meu queridhenho foi citado seis vezes, empatando com Spike Jonze. O primeiro lugar da lista foi pro Chris Cunningham com Comme to Daddy (eu já postei aqui o Windowlicker que também está na lista).

Let Forever Be ficou em sétimo lugar e na minha lista pessoal é o primeiro lugar de vídeos do Gondry. Mais uma vez, ele destrói nos seus truques mágicos e deixa todo mundo perplexo. E o mais incrível é que os efeitos mais legais são feitos na montagem do cenário e não na edição. Como que pode uma coisa dessa gente? É lindo, é brilhante, é excepcional, é Gondry!




abril 2024
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