London Calling | The Clash | Billy Elliot

Dirigido por Stephen Daldry

Não, não é um videoclipe. Mas poderia ser, aliás, pra mim é. Eu sempre penso nessa cena porque poucas vezes vi uma trilha tão bem escolhida. Não tem outra coisa pra dizer que não seja: “Gente, mas é a cara da música!” Então eu inauguro aqui uma sessão que é feita de cenas de filmes que tem tudo a ver com a música. Billy Elliot é um prato cheio pra cenas musicais. Vale a pena ver tudo, mesmo porque é um filme top 10. Fino!

It’s the End of the World as We Know It (and I Fell Fine) | R.E.M

Dirigido por James Herbert

O R.E.M tem um ótimo histórico de videoclipes. Michael Stipe (o vocalista) fez faculdade de arte e acabou levando os vídeos da banda pra um caminho interessante. O diretor desse clipe, inclusive, era professor dele na faculdade e já fez muuuitos outros videos da banda.

Eu acho esse clipe uma pérola! Ele combina demais com a banda porque tem um ar assim, meio pós-punk- pré-grunge (ãhã, tá.) e super rock n’ roll e ainda tem essa piscadela artística do Michael Stipe. É muito a cara da música, que por sinal também é um hino. Já perdi as contas do tanto de vezes que já vi apropriações dela em seriados, filmes, propagandas e afins da cultura pop. Sou fã!

Bachelorette | Bjork

Dirigido por Michel Gondry

Eu não sou muito fã de Bjork, não sou cool o suficiente pra isso, mas tenho que admitir que ela é muito boa de videoclipe. Fato este que se explica pela contribuição constante do nosso querido Gondry na direção. Na minha opinião de mera mortal esse é o melhor vídeo dela, uma idéia super boa, apoiada pelas peripécias audiovisuais mágicas de Gondry. Voilá… mais uma obra genial.

Windowlicker | Aphex Twin

Dirigido por Chris Cunningham

Este é outro grande nome do clã dos papas videoclípticos. Vindo dos comerciais de TV e de alguns trabalhos no cinema, como Allien 3, Chris Cunningham é adepto do grotesco de qualidade. Em 1997 foi convidado pelo músico da cena eletrônica Richard D. James, o Aphex Twin, para criar ao mesmo tempo a música e o vídeo de Comme to Daddy. Então, na verdade, era Comme to Daddy que deveria estar aqui, mas eu preferi postar Windowlicker porque eu acho que eu prefiro ele… é, eu prefiro. Mas é puramente uma questão de gosto pessoal e uma baixa tolerância estomacal a bizarrices de alto grau. Mas como quem pensa não é meu estômago, eu reconheço o valor e registro aqui.

Pumping on Your Stereo | Supergrass

Dirigido por Hammer & Tongs

Hammer & Tongs é o nome da dupla composta pelo diretor Garth Jennings e pelo produtor Nick Goldsmith. Eles já fizeram videos muito legais como Coffee & TV do Blur, Imitation of Life do R.E.M, Right Here Right Now do Fatboy e mais um monte, além do filme O Guia do Mochileiro das Galáxias. Todos merecem ser postados aqui mas vou começar com o Pumping porque adoro o Supergrass e porque seilá… porque é mesmo muito bom.

Around the World | Daft Punk

Dirigido por Michel Gondry

Um dos papas master do videoclipe. Around the World, assim como quase todos os seus trabalhos, faz uma fusão perfeita entre música e imagem, o ritmo do som dita impecavelmente o movimento do video. Michel Gondry é um dos fundadores da estética videoclíptica como algo único e independente, ele contribuiu (e muito) para a fundação e disseminação da linguagem que define a identidade do videoclipe.  Nesse caso não tenho o mínimo receio em dizer: esse cara é realmente um gênio!

Island in the Sun | Weezer

Dirigido por Spike Jonze

Hoje fui assistir Where the Wild Thind Are do Spike Jonze. Esse cara nunca me decepciona! Ele é o diretor de Quero Ser John Malkovich e Adaptação além de mais um zilhão de videoclipes de bandas de cacife como Bjork, Sonic Youth, Fatboy Slim, Chemical Brothers, Beastie Boys e mais um monte.

Eu admiro e respeito qualquer coisa que preze pela simplicidade e despretensão, por isso, escolhi pra colocar aqui um clipe bem fofo, singelo e simples como o filme. Para assistir com um sorriso no rosto e um afago no coração.

Mercy Street | Peter Gabriel

Dirigido por Matt Mahurin

Só pra constar:  Mercy Street é uma música inspirada em Anne Sexton e seu poema 45 Mercy Street . Anne foi uma poeta americana altamente depressiva, seus poemas são confidencias em relação aos sentimentos desencadeados pela depressão que a levaram a tentar suicidio 5 vezes até conseguir em 1974. Essa história está mais ou menos aí estampada no vídeo, mas também acho não faz diferença saber disso (eu só descobri agora e já amava ele).

Esse vídeo é  lindo, me lembra muito o filme Limite do Mário Peixoto, porque tem isso de ser  nas entrelinhas, nas sutilezas e tal, é muito videoarte. Sempre foi o meu preferido e, por isso e somente isso, é o primeiro vídeo do blog.